Jesus continua seu caminho para Jerusalém. Continua ensinando os seus discípulos.
Focaliza o Mestre as condições e exigências do Reino. Uma das lembranças colocada por Jesus é o perigo das riquezas. Mas também mostra a recompensa do desprendimento das mesmas.
O tema é introduzido por um questionamento de um homem rico. Não só rico, mas também piedoso. A iniciativa é dele que vem ao encontro de Jesus. Quer ter a certeza dos passos a serem dados para ganhar a vida eterna. Jesus responde, mas remetendo-o aos mandamentos; que é remetê-lo a Deus. Nenhuma novidade para o homem, pois afirma que os mandamentos lhes são familiares desde a juventude. Sem dúvida é uma postura reta.
Jesus o olha com amor. Em seguida o aconselha a tudo vender, dar o resultado da venda aos pobres e, depois, tornar-se discípulo. Quem havia se aproximado cheio de entusiasmo abaixa a cabeça.
Realmente para o verdadeiro discípulo não é suficiente a observância dos mandamentos. Deve seguir Jesus e assimilar dele, imitando-o, o jeito de amar a Deus e ao próximo. É entrega e fidelidade ao Pai e ao Reino.
Este trecho vem antes do texto que fala da acolhida às crianças, ensinando Jesus que o Reino pertence a quem se assemelha a elas. É mister deixar para trás as seguranças e aventurar-se a tomar a cruz no seguimento do verdadeiro Mestre.
Em seguida, Jesus aproveita para mais uma lição aos discípulos. E constata: “como é difícil para os ricos entrar no Reino do Céu”. Lição aparentemente dura para os discípulos, de ontem e de hoje. Assimilar a ideia do despojamento e generosidade não é algo simples. A vida eterna não é algo que se conquista com volumes de observâncias. Mas dom de Deus. Algo que, em todas as circunstâncias, deve ser recebido com o coração aberto e livre.