Algo que parece já fazer parte de nossa filosofia de vida é, dentro do bojo dos ditos populares, é a afirmação: “Eu sou como São Tomé, só acredito vendo”.
O texto do Evangelho desse nosso domingo mostra o contexto em que se deu essa cena já bem conhecida por nós. Jesus, após a morte e ressurreição, quer ir mostrando, primeiramente aos seus discípulos, a realidade de sua existência, agora bem diferente. Ele quer se fazer presente junto dos apóstolos, dando-lhes segurança para o agir futuro. Daí, a sua saudação inicial, desejando-lhes a paz. Com a presença ou não de São Tomé, a fala é a mesma: “A paz esteja convosco”. Tudo acontece no mesmo dia em que aparecera a Maria Madalena, isto é, no primeiro dia seguinte ao sábado.
A situação de insegurança dos discípulos era muito grande. Estavam aprisionados por causa do medo. Mesmo com as portas fechadas, Jesus se faz presente no meio deles. Deseja-lhes segurança: a paz.
A paz não é negociada. Ela não se encontra pronta para ser adquirida. As pessoas é que têm a possibilidade de a construir. Mesmo em circunstâncias que possam ser adversas.
Jesus nos indica um caminho precioso: o perdão. Jesus infunde nos Apóstolos o Espírito Santo. Assistidos pelo Espírito do Pai, estão prontos para perdoar os pecados. A afirmação que o Evangelista nos traz é categórica: “Aqueles a quem vocês perdoarem os pecados, eles lhes serão perdoados, aqueles a quem não perdoarem, eles serão retidos. Vemos, assim, que a paz só será conquistada mediante o perdão.
Por graça de Deus, cada ser humano traz no coração a proteção para a amizade perene diante dos semelhantes. E a paz verdadeira está vinculada à obediência aos mandamentos de Deus.
Não há necessidade de ver para crer porque a vida é sempre a manifestação da presença do Ressuscitado na vida de cada ser humano.