Jesus Ressuscitou, Aleluia
Esse texto do Evangelho tem algumas características que vale a pena serem observadas. A primeira delas é o destaque que o Evangelista quis dar à figura da mulher. Justamente na pessoa de Maria Madalena. Após uma vida considerada de pecado ela foi sincera consigo mesma e pediu, a seu modo, perdão. Iniciou assim uma vida nova, totalmente diferente da trajetória anterior. Vida de serviço, presença e dedicação.
É essa mulher que, ainda de madrugada, sozinha, foi ao sepulcro, onde o mestre havia sido sepultado. Constatou algo bem diferente: a pedra que fechava o sepulcro tinha sido movida.
Vem, então, uma outra novidade do Evangelista: uma mulher inicia uma trajetória de anunciadora da novidade, a Ressurreição. Em princípio eles não acreditam nela, vão, depressa, fazer a verificação. Querem comparar com os próprios olhos.
Temos que lembrar que naquele tempo as mulheres eram plenamente discriminadas e o testemunho das mesmas não eram levados em conta. O Evangelista dá a sua dica segundo a qual Deus não discrimina ninguém.
É por meio de uma mulher que Deus quis dar início ao anúncio, ao mundo, da ressurreição de seu Filho dentre os mortos. E este foi um anúncio do próprio Jesus.
E nós, diante da ressurreição? Assumimos a postura de quem o amor a Jesus deve ser comprovado, com atos, além das palavras? A indolência no amor não pode acontecer com o seguidor do Mestre. O relacionamento para com o Ressuscitado é sempre fortalecido pela benevolência para com o semelhante. A fraternidade é que deve falar alto na vida de quem quer viver a força do Mestre que não ficou preso em uma sepultura.
Essa é a nossa boa páscoa.
Fonte da imagem: http://igrejasaosebastiao.org.br/formacao/a-igreja-celebra-a-ascensao-do-senhor/