O apóstolo Paulo em Rm 5, 12 afirma que em Adão todos os seres humanos pecaram. Adão e Eva, segundo o escritor do livro do Gênesis, estariam representando toda a humanidade. Uma humanidade carregada de pecados diante de Deus.
Neste domingo toda a liturgia da palavra está a nos lembrar essa realidade. Mas a ênfase das leituras não estão a mostrar, não a fragilidade humana, que é uma verdade, mas a misericórdia de Deus. A misericórdia de Deus está aberta a toda a humanidade e também a cada ser humano.
O concílio vaticano II afirma que Deus “veio libertar o homem e dar-lhe força, renovando-o, no íntimo, e expulsando o “príncipe desse mundo”. (Jo 21, 31), que o mantinha na escravidão do pecado” (GS 13).
A presença de Jesus em nossa história, verdadeiramente homem, Filho de Deus, foi suficiente para destruir definitivamente o mal. Ele nos associou à sua vitória sobre o pecado e a morte. Sua ação é tão marcante e significativa que ignorá-la é um passo para o pecado contra o Espírito Santo. É uma atitude pecaminosa que não mostra este ou aquele gesto específico, mas uma opção interior que é conhecida apenas por Deus. Este Deus que conhece os corações humanos. É uma decisão consciente e livre. É a recusa livre para não receber o perdão de Deus.
Fomos criados como seres livres. Os nossos passos são dados por nós nas direções e circunstância as mais diversas. Mas acolhidas no coração e no cérebro.
Sabemos nós que a misericórdia de Deus não tem limites. É uma verdade. Por graves que sejam os pecados, eles serão perdoados por Deus. A salvação é obra de Deus em nós. Mas não dispensa a nossa participação.
Deus acolhe sempre a decisão de cada ser humano. Mesmo que seja o distanciamento dele.