A liturgia de nosso segundo domingo do Advento tem como que um fio condutor o anúncio da Salvação. Em resumo temos:
- O profeta Baruc (século VI antes de Cristo) anuncia a salvação vinda diretamente de Deus, que deseja fazer Aliança com o povo por ser misericordioso.
- O responsório, salmo 15, apresenta o salmista se refugiando em Deus.
- O texto do Evangelho nos convida à conversão para termos o espírito aberto a acolhermos a Salvação que vem por meio de Jesus Cristo, o Filho de Deus.
- A leitura de Filipenses mostra que a salvação é um dom que é anunciada a todos, mas requer uma mudança de mentalidade, onde o amor fraterno é a marca registrada.
O Evangelho de hoje traz-nos uma unidade na pessoa de João Batista e sua missão. Mas não para no Batista. Encaminha o leitor para a pessoas de Jesus Cristo. É o início de uma nova história inaugurada por ele.
O versículo primeiro apresenta a situação política da Palestina, dominada pelo império romano na época do imperador Tibério.
A partir do versículo de número dois o narrador introduz o personagem principal, João, filho de Zacarias. Este recebe de Deus amissão de pregar um batismo de conversão. Para o perdão dos pecados. As informações históricas e o discurso da missão de João, leva-nos à Palavra de Deus revelada ao profeta. É uma virada histórica, que será realizada por Jesus. A preparação é tarefa de João.
A pregação do Batista visa à preparação dos corações para a acolhida do Messias Jesus.
João tem a clara consciência de não ser o Messias, embora com papel fundamental: o de abrir os caminhos para a vinda do Messias.Anuncia um Batismo de mudanças de vida. Caminho para retomar um relacionamento justo com Deus e com o próximo. O autor mostra que João está capacitado para motivar a quem quer que seja para remover os obstáculos à comunhão com Deus e com os semelhantes. As opressões sociais, as forças políticas e religiosas não terão forças para impedir as mudanças necessárias para que o Messias seja conhecido e acatado por todo ser humano de boa vontade.