Esta celebração, como a temos atualmente, é proveniente da tradição tanto das Igrejas Orientais como da Igreja Ocidental.
O rito oriental tinha o costume de realizar uma procissão imitando a entrada de Jesus na Cidade Santa, Jerusalém. Eles transportavam ramos nas mãos, como os judeus o fizeram, recebendo Jesus como um rei e aclamando: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o reino que vem, o reino de nosso Pai Davi! Hosana no mais alto dos céus!
No ocidente, porém, a liturgia romana fazia a recordação da Paixão de Jesus Cristo. Lembrava, celebrativamente, os momentos decisivos da vida do Senhor. O rito romano fez convergir essas duas vertentes do messianismo de Jesus e a revelação de sua identidade filial.
Daí, temos a Procissão de Ramos na qual nós exaltamos o Jesus sendo reconhecido pelo povo de Jerusalém como o ansiosamente esperado. Ainda mais aquele povo que naquele tempo estava sob o jugo do império romano. Sentia também a necessidade de viver livre de seus governantes e dos líderes religiosos. Os gritos de HOSANA!
A missa de domingo de Ramos é composta de dois momentos específicos. O primeiro fora da igreja e o segundo dentro da igreja.
O local do primeiro momento acontece em um ambiente um tanto distante da igreja. Aí é proclamado o evangelho que narra a entrada de Jesus em Jerusalém. O evangelho recorda três simbolismos: o cortejo, os ramos de oliveira ou de palmeira e o jumento.
O cortejo festivo recorda o caminhar dos discípulos que seguem as pegadas do Mestre e a acolhida de Jesus como rei. Os mantos são estendidos para que ele passe.
Os ramos, donde se extrai o azeite, era uma forma de aclamar Jesus como Ungido, o Messias esperado.
O jumento mostra que Jesus entra em Jerusalém de forma humilde. É portador de paz e salvação.
No segundo momento, em ato contínuo, é celebrada a Eucaristia. O texto do Evangelho apresenta uma das narrativas da Paixão. Mostra que a morte de Jesus tem caráter inocente e voluntário. Ela denuncia a maldade e implode o sistema apoiado na injustiça e pelo pecado. O caminho pode trilhá-lo. A paz é oferecida como fruto da justiça.
A morte de Jesus desfaz o caminho de Adão. Jesus é o novo Adão.