Jesus é aquele que vindo da parte do Pai é o Mestre de seus discípulos. Os doze que ele chamara para estarem mais perto dele e receberem ensinamentos que os acompanharão ao longo da missão. Eles paulatinamente se abrem a seus ensinamentos. Os fariseus, porém, seguem Jesus com o intuito exclusivo de criticá-lo negativamente.
O Evangelho desse domingo, mostra um destes fariseus a questionar Jesus a respeito da legalidade do divórcio. Nada é novidade para ele pelo fato de ser um procedimento comum no meio dos seus colegas.
A reflexão de Jesus direciona seu interlocutor para parar diante do plano de Deus a respeito da união entre homem e mulher. Mas não é isto que o fariseu deseja discutir. Ele está querendo justificar um costume que, até com linguagem religiosa, se fez presente no judaísmo. Seria suficiente dar à mulher uma “carta de divórcio”, liberando-a plenamente. Isto não é o suficiente, segundo o plano de Deus. Remediar uma situação tão densa de significado é como que brincar com coisa séria. Corrigir distorções humanas com paliativos é camuflar a verdade. Isto Jesus não apoia.
Jesus cita o que o escritor Sagrado deixou como vontade de Deus no livro de gênesis. Mostra que o enlace matrimonial não pode ser concebido como um ato legal. As leis criadas pelo ser humano normalmente já nascera viciadas. Para Deus o matrimônio é aliança fundada no amor. Por isso é inviolável. É fruto da vontade de Deus onde o cônjuge é acolhido como um “outro eu”. Com ele realiza, experimenta e compartilha uma única existência.
As crises e desafios de nosso tempo, com relação ao matrimônio, são vencidas e superadas se o enlace matrimonial for aceito como aliança de amor. Jesus não é um legislador. Ele tão somente mostra o essencial. Retoma a profundidade e o sentido do projeto de Deus. Jesus é o exemplo de quem amou os seus e também a nós até o fim.