Chegamos ao limiar de mais um ano eclesiástico. É a graça de Deus nos abrindo à frente.
É o chamado ano C, no tempo comum em todas as celebrações dominicais. O evangelista que nos acompanhará é Marcos.
Mas antes celebraremos o Ciclo Natalino desde o primeiro Domingo do Advento – neste dia 2 de dezembro – até a celebração da Epifania do Senhor e sua semana subsequente, 12 de janeiro.
O Tempo do Advento – de 2 a 24 de dezembro, nos traz duas características principais:
– É o tempo de preparação para as celebrações do Natal do Senhor, quando comemoramos a primeira vinda do Senhor, o Filho de Deus entre os seres humanos.
– É também um tempo em que, por meio dessa lembrança, os corações se voltam para a expectativa da segunda vinda de Cristo, no fim dos tempos.
A partir desses dois motivos, o tempo do Advento se apresenta como um tempo de PIEDOSA e ALEGRE expectativa.
O Evangelho de hoje traz uma linguagem apocalíptica, própria de tempos difíceis, como foi o tempo em que o evangelista Lucas o seu Evangelho, por volta dos anos 90 depois de Cristo. Foi após a guerra judaica é a destruição da cidade de Jerusalém com seu Templo. Esse tempo foi marcado por conflitos entre os judeus e os seguidores de Jesus Cristo.
Lucas não focaliza uma possível catástrofe cósmica, mas a reação das pessoas diante dos acontecimentos. Ele acentua o sentido positivo que os eventos que precedem a vinda do Filho do Homem têm para os cristãos.
Sua linguagem é apocalíptica, linguagem própria dos profetas no julgamento de Deus sobre as nações. Após os abalos um tanto quanto assustadores a atingir as nações contrárias aos projetos de Deus, é prometida a salvação àqueles que permaneceram fiéis.
É uma linguagem própria para avaliar os conflitos e animar as pessoas a não desistirem do projeto de Deus. Devem continuar no testemunho e esperando a libertação. A linguagem tem a finalidade de sustentar a esperança do Filho do homem, reforçando a soberania de Deus como CRIADOR, REDENTOR e SENHOR da história.