Estamos no ano dedicado ao laicato. Um significado mais profundo nos traz a solenidade de todos os Santos. O caminho de santidade tem como principal raiz a graça batismal. O ser humano é introduzido no Mistério Pascal de Cristo no receber o Espírito Santo nas águas batismais.
É um itinerário que é um dom. Mas ao mesmo tempo é um compromisso com o Reino de Deus. É a busca da santidade. O Papa Francisco na Exortação Apostólica Gaudete et Exultate (GE) sobre a santidade assim se expressa: “Se um de nós se questionar sobre como fazer para chegar a ser um bom cristão, a resposta é simples: é necessário fazer […] aquilo que Jesus disse no sermão da bem-aventurança (GE63). Acreditamos que ser santo é viver como filho de Deus, deixando-se transformar entregando-se à vivência do amor, segundo Jesus Cristo no dia a dia. A vida dos bem-aventurados torna-se, portanto, um programa de vida.
As bem-aventuranças em Mateus marcam o início do discurso sobre o Reino de Deus. Quem são seus destinatários: as pessoas provenientes de vários lugares – tanto de Israel quanto das regiões dos gentios.
No alto da Montanha Jesus assume a posição de Mestre. Monte onde Jesus ensina com autoridade. Lugar da revelação de Deus.
Moisés subira ao Monte Sinai onde recebera as tábuas da lei, sinal de aliança entre Deus e o povo. Jesus, como Messias e Filho de Deus, sobe ao monte para apresentar não uma nova lei, mas um programa de vida. Assim estabelece uma nova aliança com toda a humanidade.
As bem-aventuranças são o resultado de uma sequência de fatos. Relacionou-se ao passado e presente, além de se lançar para o futuro. Elas têm um sentido também escatológico, isto é, mostram as coisas que já aconteceram e que também estão para acontecer. São revelações de gestos de Jesus Cristo. Inauguração do Reino. Os que seguem o Mestre já vivenciam muito de seus valores aqui, mas serão vivenciados em plenitude na Salvação futura.
O Papa Francisco afirma: ser bem-aventurados é sinônimo de ser Santo, porque expressa que a pessoas fiel a Deus e que vive de sua Palavra, na doação de se mesmo, vive a verdadeira felicidade (GE 64).