O esforço humano por si só é insuficiente para compreender profundamente quem é Jesus. A intervenção divina se faz necessária. Ele se apresentou com aparência humana. Para alguns, este homem era visto como alguém extraordinário. Detinha poderes jamais vistos.
Ele era percebido por muitos como alguém sábio verdadeiramente. Era de uma sabedoria superior à sabedoria do rabino da religião judaica. Era, portanto, uma grande figura humana.
Outros, porém, o consideravam blasfemo, por nutrir para com ele uma inimizade radical. Era inclusive como alguém que desprezava as coisas sagradas da religião judaica. Chegavam a afirmar que seus gestos prodigiosos eram fruto do pacto com Satanás. Mais ainda: sua proximidade com as pessoas taxadas de pecadoras e marginalizadas era interpretadas como manifestação da má vida.
Essas considerações eram enganosas porque não se aproximava da identidade de Jesus. A partir da revelação de Deus essa identidade seria assimilada. Assim se conheceria a condição do Filho amado do Pai. Aquele enviado como o penhor de Salvação. Também portador da vida eterna para a humanidade. O verdadeiro alimento: o pão da vida que alimenta a comunidade na longa caminhada rumo ao Pai.
A iniciativa própria do ser humano é insuficiente para conhecer Jesus.
O Pai coloca no coração do ser humano o desejo ardente de conhecer seu Filho. Deixando se instruir pelo Pai os seres humanos tornar-se-ão discípulos de Jesus.