Estamos neste domingo, concluindo a proclamação do Evangelho de João do capítulo 6º, intitulado “pão da vida”.
Jesus não adaptou sua fala ao gosto de seus ouvintes. Jamais traiu o Reino para agradar quem quer que seja. Foi fácil ter tal posição? Certamente que não. Poderia até correr o risco de escandalizar pessoas. O que de fato, em certas circunstâncias ocorreu. Sua linguagem tinha, muitas vezes, uma textura dura e incompreensível.
Devemos nos lembrar que as pessoas que acompanham seu auditório tinham uma consciência religiosa muito estreita. Daí, suas palavras muitas vezes não ser devidamente entendidas. Isto tanto diante dos discípulos quanto diante de um público mais elástico.
O discurso sobre o pão da vida chocou muita gente. Principalmente as pessoas de corações mais sensíveis. Era um conteúdo próximo às margens da incompreensão plena. Não era descabível pensarem que não estava raciocinando devidamente. Quando lhes falou que voltaria ao Pai, o resultado foi ainda pior. Muitos o abandonaram. Foram pessoas que se recusaram a permanecer com Ele.
Mas Jesus não aceitava ter seguidores que não aceitassem sua mensagem, sem restrições.
É o momento de lançar o desafio ao pequeno grupo de discípulos. Se eles quisessem poderiam também ir embora. Se ficassem, porém, teriam que aceitá-lo integralmente.
A resposta de Pedro sintetizou tudo. Demonstrou qual é a atitude do verdadeiro discípulo. Mesmo sendo dura a palavra, ela é palavra de vida eterna.