Jesus veio ao mundo com a missão de implantar o Reinado de Deus. Toda a sua vida e suas atitudes tiveram tal direção.
No trecho do Evangelho de hoje ele apresenta duas pequenas parábolas para tentar esclarecer o sentido desse reinado.
Na parábola da semente que se desenvolve sozinha, basta que esteja em terreno adequado, independente da ação humana, ele mostra que a força é intrínseca.
O povo devia se lembrar que isto já acontecera no Antigo Testamento, após o fracasso da monarquia. O Reino de Deus começou a ser visto como um reino futuro. Não construído por mãos humanas. Uma ação escatológica própria de Deus. Já no Novo Testamento este reino é visto como sendo iniciado com o advento de Jesus. Assim ele não se restringe ao aspecto geográfico nem a uma visão de etnia. É formado por todos os que aceitam Jesus como o Senhor. Ele que é Caminho, Verdade e Vida.
A única ação humana é a da semeadura. É de suma importância. Mas o seu desenvolvimento é independente de intervenção humana. É a terra que por si mesma faz frutificar primeiramente a erva, depois a espiga, depois os grãos na espiga. Terminada a ação da terra até o amadurecimento da semente, vem, ainda pela força da natureza, a etapa da utilização da mesma como alimento.
Assim acontece a dinâmica do Reino de Deus. Aparentemente podem ser vistos os seus passos como insignificantes. Isto aos olhos do mundo. Mas sua força intrínseca e propulsora é irrevogavelmente transformadora.
E nós somos chamados a ser os semeadores deste Reino e os observadores de sua força no mundo e no interior de cada coração.