As leituras bíblicas deste domingo têm como tema a confiança no Deus verdadeiro. A ele se pode entregar totalmente a própria vida.
A passagem do Evangelho desse capítulo 12 de Marcos apresenta uma descrição dos últimos ensinamentos públicos de Jesus no Templo.
O questionamento de Jesus a respeito do comportamento dos escribas é muito forte. Demonstram ostentações no seu agir. Ainda mais: exploram as viúvas, visitando-as nas próprias casas. Ainda mais: fazem longas orações para causar boas impressões às pessoas.
Neste contexto, Jesus observa a atitude da viúva e sua oferta do Templo. Não só observa. Ele faz a sua avaliação fundamentada naquilo que vê. Há um grande contraste. Os ricos oferecem muito até declinando a quantidade. A viúva, calada, oferece apenas duas moedas, que para ela é muito, tendo em vista sua quase indigência. O valor econômico não está na pauta de Jesus, mas o que é essencial. A prova ele a atitude da viúva por causa de sua confiança em Deus. É uma demonstração da sua capacidade de amar a Deus com toda a sua alma, com todo o seu coração, com toda a sua mente. Nada reserva para si. Deposita “todo o seu viver” nas mãos de Deus.
Jesus não deixa de reprovar os ricos, corrompidos pela ambição e vanglória. Reprova também ricos que dão do seu supérfluo.
O que vamos assimilar em termos de vida a partir deste texto? O lugar do encontro com Deus não de encontro no poder cultural ou institucional. Mas sim, na abertura, sem reservas, a Deus.
A atitude da viúva em oferecer “todo o seu viver” a Deus, lembra-nos o que fez o Mestre Jesus de doar a própria vida, entregando-se totalmente por amor e por fidelidade ao projeto do Pai.
Somos, como discípulos, chamados a seguir o exemplo da viúva e não dos escribas. É a centralização da vida no amor gratuito a Deus.