26º Domingo do Tempo Comum – 01/10/17 – Mt 21, 28-32
Mês das Missões
É interessante a gente perceber o que sai da boca de Jesus a respeito do NÃO do primeiro filho. Está vendo nele a sinceridade de quem não está disposto, naquele dia, a trabalhar. Mesmo sabendo que é o pai quem está dando a ordem. E mais: o trabalho a ser executado é na vinha do próprio pai. Portanto vinha que também é dele. O fruto de seu trabalho naquele dia reverterá para si mesmo. Mas ele não estava disposto.
Ao longo de nossa caminhada terrena, sabemos que em inúmeras situações não fazemos o que queremos. As tarefas nem sempre são agradáveis. Em muitas circunstâncias cumprimos obrigações.
Percebemos, portanto, que o ‘querer’ nem sempre pode pautar as nossas ações. São tantas as coisas que precisam ser feitas, mesmo não nos agradando. Mesmo sem uma disposição plena. Mas sabemos também que no interior de nosso ser temos uma boa reserva de possibilidades. Até mesmo a de nos convencer a nós mesmos que o bom nem sempre é agradável.
Este primeiro filho buscou certamente conhecer os sentimentos que o levaram a dizer ao pai a indisposição ao rejeitar o trabalho. Mas por outro lado, a sua sinceridade acaba influenciando em sua vontade. Ao conhecer o sentimento que o movia, foi fácil redirecionar sua atitude.
Se, em nossa existência, formos agir somente guiados pela vontade do imediato, “quando estamos com vontade”, as coisas não serão bem direcionadas. Conhecendo-nos mais a fundo, vamos percebendo que a vontade é passageira, nossos sentimentos mudam.
O segundo filho, talvez no afã de impressionar o pai, preferiu a mentira. Sua resposta foi rápida, mas o agir deixou a desejar. Preferiu o discurso.
Em nossa história pessoal desejamos fazer a vontade de Deus, na construção do bem. As circunstâncias não podem nos deixar desarmados em nosso caminhar. Queremos que Deus nos ajude a agir, sem precisar discurso vazio que leva sempre a uma inquietação da alma. O bem está em nossa frente para ser feito, mesmo quando a nossa vontade esteja querendo ficar no compasso de espera.