O episódio dos Magos – Reis Magos – narrado no Evangelho deMateus é uma bonita alegoria a respeito da repercussão da presençado Menino Deus na história humana. O apelo central, sem dúvida, se refere a universalidade da redenção operada por Jesus Cristo. Os magos vêm de lugares diferentes, de continentes diferentes. Na época os continentes conhecidos eram apenas três: Europa, África e Ásia.A representação dos mesmos caracterizam as três raças conhecidas.
A narrativa do evangelista nos leva a uma leitura teológica que permite compreender que a estrela do Oriente nada mais é do queJesus Cristo Salvador, no horizonte da humanidade. Os Evangelistas levam-nos a crer que Jesus é o Salvador não de um pequeno grupo, o povo de Israel, mas da humanidade. Aí vemos em Mateus uma clara catequese sobre o alcance da Redenção.
A celebração da Epifania começa evocando a glória de Jerusalémà qual se referem todos os povos. É o foco da primeira leitura. Mas a nota dominante do texto do Evangelho é o último versículo onde se diz que os Magos regressaram à sua terra por outro caminho. Compromisso político com Herodes eles não tinham. Certamente perceberam sim a perturbação do monarca ao saber que havia nascido em Belém o Rei dos judeus. Algo de estranho o rei poderia aprontar.
Ficaram, portanto, livres no retorno às próprias terras. Todos os caminhos que seguissem os levariam para junto dos seus. Eles haviam se comprometido vitalmente com o Jesus Menino. Agora são chamados a anuncia-lo a todos os povos. Não apenas aos judeus. Muito menos só a Jerusalém.
Na realidade, todo ser humano que opta por Cristo, optam por seguir outro caminho. Evidentemente que não será o caminho do mundo, mas o caminho de Deus que é seguro.
Qual é o caminho que o cristão tem que trilhar. Aquele indicadopor Jesus.
Imagem: Wikipédia – El Greco (Domínio público)