A experiência de Jesus na sinagoga de Nazaré foi muito desagradável. Fora admirado pelos conterrâneos por causa de sua sabedoria e autoridade. Mas não fora aceito como pregador pelo preconceito de não ser uma pessoa que frequentara uma famosa escola rabínica em Jerusalém.
Resta a ele afastar-se de seus amigos e conterrâneos. Vai decididamente anunciar a boa nova em outras localidades. O essencial para ele era esta conduta. Não se contentou em ser ele o anunciador. Quis enviar os seus discípulos a várias localidades com a mesma tarefa que assumira. A de pregar as verdades do Reino.
Inicialmente os enviados foram os doze discípulos por ele escolhidos. Em seus conselhos vemos como primeira preocupação o anúncio da conversão. Algo assimilado de João Batista? Jesus via que este passo seria muito importante. Com a conversão o caminho estaria aberto para a acolhida da mensagem da pregação.
Deveriam caminhar bem desprendidamente. Para que levar bagagem? Quanto mais livres estivessem, mais fácil se tornariam seus deslocamentos.
Não seria uma excursão com o objetivo de lazer. Mas tarefas bem definidas. Deveriam iniciar expulsando os demônios. Em sua pregação em Cafarnaum, Jesus fizera também assim. As forças misteriosas do mal que podem aninhar-se nos corações das pessoas deveriam ser atacadas. E mostrariam os sinais da excelência do poder de Deus. Portanto, como Jesus, eles estariam munidos desta força e autoridade vindas do Criador. Seus discípulos se tornariam instrumentos desse poder. O Reino de Deus deve afastar as forças opostas ao mesmo Reino.
Não quer dizer que as pessoas estivessem, todas elas, com possessão demoníaca.
Não deveriam criar histeria coletiva, mostrando, como que um teatro. Não.
Foram enviados para fazer a experiência do poder de Deus. Algo certamente totalmente novo para eles. Dados tais passos estariam confiantes no agir, quando da ausência física do Mestre.