As investidas dos fariseus e de alguns mestres da lei sobre Jesus dá oportunidade para que o Messias esclareça muita coisa para eles e, naturalmente também para nós. O judaismo, principalmente após o exílio da Babilônia, se preocupou com uma estruturação muito forte. A intenção dos chefes realmente era muito boa. Seria o caminho par que a religião se transformasse em forte segurança para todo o povo. A tentativa foi boa. Mas o exagero se fez presente em muitas situações. O decálogo foi aprofundado a ponto de ser multiplicado em uma quase infinidade de preceitos e proibições. O escrúpulo se fez presente.
O texto do Evangelho de hoje apresenta uma das preocupações dos dirigentes do judaísmo. Até o que se considera como gesto de higiene se transforma em rito religioso. Levando o fiel até ao escrúpulo religioso.
Na oportunidade Jesus esclarece bem o que é ou não agradável a Deus.
Jesus lembra aos doutores a hipocrisia. São pessoas que falam, ensinam e exigem, mas não praticam. É realmente lastimável atitudes como esta.
Jesus aprofunda o discurso. Lembra a seus interlocutores como agem com relação ao corban. Pelo fato de oferecerem dádivas a Deus se colocam na condição até de deixar os pais à mingua. Sem os cuidados mínimos para com ele. Criam uma isenção que não cabe em nenhum coração humano.
Na realidade o que torna o ser humano impuro diante de Deus são as atitudes desonestas criadas no próprio coração humano. O que está fora do ser humano não o torna indigno diante que dos semelhantes quer diante de Deus. Todas as más inclinações são criadas no coração humano. O espaço do coração também pode e deve ser usado para as atitudes honestas. É assim que Deus será louvado.