Liturgicamente chegamos à última festa do chamado ciclo natalino. É a festa do Batismo do Senhor.
Ao vir ao mundo como homem em tudo, menos no sucubir-se às tentações, Jesus quis experimentar tudo o que os seus concidadãos vivenciavam. Por isso, com naturalidade, ele também se apresenta às margens do rio Jordão. Lá, como os seus conterrâneos motivado, ele se apresenta ao grande profeta. Aquele que veementemente pregava a penitência, além de convidar a todos para uma profunda mudança devida. Em Lucas 3. 11-14 dá umas dicas de tal conversão como dar uma peça de roupa a quem não tem, se possui mais de uma. Fala também para as pessoas não tenham ganância, contentando-se com o próprio salário.
O grande sinal de adesão à proposta de João Batista era o Batismo no Jordão.
No início de sua vida pública, Jesus quis se sujeitar a tal rito. Se era um rito de iniciação de uma vida nova para o povo, Jesus optou por abraçar tal cerimônia. João tentou até recusar. Mas o Mestre não aceitou. Mas com ele o sinal não foi mecânico. A manifestação do Pai aconteceu. Os céus se rasgaram e o Espírito se manifestou pousando sobre Ele. Não só. A voz do Pai também se fez presente dizendo: “Este é o meu filho muito amado no qual eu pus toda a minha ternura”.
Ao evocar o Batismo de Jesus, a liturgia desse ciclo do Natal convida cada cristão a repensar o seu próprio Batismo para assim viver como autêntico filho de Deus.
João Batista soube ficar no seu lugar como aquele enviado por Deus para preparar os caminhos do Senhor. Mostrou os que estavam presentes ao rito e a toda a humanidade quem era o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo.
Recordemos em momentos de oração, a eficácia do nosso Batismo. É a partir dele que inserimo-nos no mistério da Salvação a nós gratuitamente oferecido. Dádiva de Deus.
Imagem de domínio público: Batismo de Cristo 1481-1483. Por Perugino, na Capela Sistina, no Vaticano.