Segundo o Evangelista Marcos, depois de uma boa caminhada de Jesus com seus discípulos, manifestando sua identidade, resolve provoca-los com uma pergunta. Qual é a repercussão de sua presença pelos caminhos da Galileia. O que estão sentindo dele?
Certamente seus discípulos mais próximos foram pegos de surpresa. A final de contas ele jamais manifestara preocupação com o que pensavam dele. Mas o Mestre quer uma posição bem clara de quem o segue de perto.
Em primeiro lugar é-lhes chamada a atenção para que observe o povo. As pessoas que demonstram um certo espírito crítico. Quem é ele para o povo? Certamente a partir dessa resposta, o Mestre vai querer não apenas uma resposta teórica por parte dos doze. Mas um posicionamento de vida. Assimilaram eles quem é seu líder.
Certamente Pedro, conhecendo o pensamento de seus companheiros, tem a liberdade e a convicção, até aquele momento, para responder com convicção. Ele é o Messias. Aparentemente todos os doze estavam concordes sobre a messianidade de Jesus.
Mas o algo mais vem depois. Serão eles verdadeiramente discípulos, fazendo a ligação entre o certo e o errado, quando perceberem que Jesus não é aquele que a grande maioria do povo judeu esperava: o Messias impositor.
Na hora do ensinamento complementar e necessário, o mesmo Pedro refuga, seu imaginário era bem outro. Como certamente de todos os outros discípulos. Sofrimento não poderia fazer parte de um Messias. Mesmo que seja com uma linguagem direta, que parece ser busca, a verdade deve ficar. O choque pode ter ajudado Pedro e seus discípulos acertarem os passos no seu seguimento.