4º Domingo do Advento – 24/12/17 – Mt 1, 18-24
Sabemos por estudos e experiência que muitos dos traços de nossa personalidade nós trazemos da infância. Dos primeiros anos de nossa vida. Na realidade, porém, não somos como que um depósito de situações vividas nos primeiros anos de vida. Sabemos escolher as coisas que nos agradam, seja no início da vida, seja nos anos posteriores. Criamos as nossas metas de vida e as perseguimos pelo fato de sentirmos que serão as tábuas de salvação no percurso dos anos.
Jesus tinha muita coisa para, como, às vezes, afirmam profissionais de alguns dos campos do saber, ser uma personalidade traumatizada.
José foi o primeiro a manifestar no seu interior uma como que rejeição por ele. Ao saber da gravidez de sua noiva pensou em abandoná-la. Maria, apesar da disposição em obedecer a Deus, se assusta com a visita do Arcanjo Gabriel.
E depois de seu nascimento? É perverso Herodes que executa o extermínio das crianças em Belém e seus arredores. Com seus paia foge para o Egito.
Seu nascimento foi traumático. Seus pais para obedecer a um decreto humano, são obrigados ao deslocamento geográfico muito grande: de Nazaré até Belém. Não encontrando hospedagem oficiais, nem espaço em alguma casa, se vêm obrigados a se colocarem em uma estrebaria, Sua primeira cama fora uma manjedoura.
Nada disso marcou negativamente sua personalidade. Não porque era de personalidade divina, mas pela família à qual pertenceu. Maria e José, abertos a Deus, souberam moldar as coisas dentro do lar aponto de superar todas as dificuldades. Tiveram a maturidade suficiente para acompanhar o filho que lhes fora confiado, devidamente.
Não somos fruto do mundo no qual vivemos. Nem fruto das possíveis marcas da infância. Como Jesus, seremos sempre livres para agir. Deus está pronto para curar nossos possíveis traumas e transformar nossas fraquezas em força.
O exemplo de Jesus pode e deve arrastar-nos sempre para o bem, com uma personalidade madura, tanto no campo humano quanto na espiritualidade.