2º Domingo do Advento – 10/12/17 – Mc 1, 1-8
Em nossa primeira leitura de hoje nós temos o texto d o profeta Isaías que tenta levantar o ânimo do povo hebreu que vive uma situação desanimadora. Está no exílio da Babilônia. Perdera esse povo o templo, o rei e a terra.
Em contraste com o desânimo do povo o profeta diz que Deus vai abrir para o mesmo um caminho no deserto, caminho que levará o povo de volta à própria terra. A perda da própria terra se dera por causa do pecado, principalmente de seus dirigentes, praticantes da idolatria.
Está anunciando, o profeta, que Deus realizará um novo êxodo. Sua memória histórico-religiosa trazia à mente dessas pessoas a subida do Egito séculos antes.
Mas o deserto é um lugar assustador. Um lugar terrivelmente assustador, mas é o único caminho e lugar do encontro com o Deus previdente que oferece maná. O abandono do pecado tem como única opção o caminho pelo deserto. Já que o pecado se faz presente na vida do ser humano, sua expulsão tem como dinâmica i encontro consigo mesmo numa situação de deserto. Onde a areia, o horizonte distante, a abóboda celeste, o frio, o calor, os perigos vão levar este ser humano a se encontrar com sua própria pequenez e com o Criador.
A nós que vivemos a uma distância cronológica tão grande dessa época somos motivados, temos também nossos pecados. Eles, porém, não podem ter forças para nos esmagar em um clima de culpa. A lembrança da misericórdia divina é suficientemente forte para nos incentivar a enfrentar os pequenos e grandes desertos que nós mesmos construímos no nosso dia a dia. Sigamos o Senhor, mesmo pelo deserto, de fronte erguida. A voz que clama no deserto é a voz do Salvador, do Emanuel, que nem ao deserto de nossa existência. Ele vem nos buscar. Sabe que não temos força para atravessar o deserto de nossas fraquezas sozinhos.
O Natal do Senhor é fonte inesgotável de força para levar-nos ao seio do Criador.