Retomamos a segunda parte do tempo comum em nossa vida litúrgica. Até a solenidade de Jesus Rei do Universo estaremos de paramento verde, com exceção das festas e solenidades durante este período.
No texto do evangelho deste final de semana presenciamos mais uma polêmica dos fariseus diante de Jesus. Novamente a polêmica está ligado a atividades consideradas pecaminosas em um dia de sábado. São os discípulos do Mestre colhendo espigas de trigo em uma propriedade para se alimentarem. Os olhares maldosos dos fariseus se dirigem ao gesto sabático e não a possível irregularidade de se apoderarem de espigas de trigo que não pertenciam aos discípulos.
Têm os fariseus a liberdade bem atrevida de se dirigirem a Jesus para censurá-lo, arraigados que eram no seu moralismo diante da chamada lei Mosaica. Evidentemente, de acordo com sua interpretação.
Mas Jesus veio ao mundo para resgatar cada ser humano da vida diante de qualquer tendência à infidelidade a Deus e aos semelhantes. Como o próprio Jesus, o Pai não está a observar detalhes de vida de cada ser humano. A consciência de cada um é, na maioria das circunstâncias, o critério do certo ou errado; quando as pessoas estão buscando a Deus.
O episódio narrado pelo evangelista dá oportunidade a Jesus para dizer quem ele é diante de detalhes da Lei Mosaica, assim entendida, pela religião judaica. Com sua resposta aos fariseus Jesus os deixa silenciosos. Estão sem argumentos. E, se quiserem, poderão refletir sobre o sentido da vida diante de Deus. Basta que assimilem que o Filho do Homem é Senhor também do Sábado.