Com todo acerto podemos dizer que o Espírito Santo não mora em coração que cultiva o pecado. É coração carente de. Sua ação é o inverso. É luz, é alegria e paz. Ao passo que o pecado é treva, desarmonia e tristeza. Mesmo que aparentemente a pessoa tenta demonstrar o inverso.
No Evangelho de hoje ficamos ciente que os discípulos tinham fechado as portas por medo dos judeus. Sem usar nenhuma das portas daquele ambiente Jesus lhes aparece. Por três vezes diz: “A paz esteja convosco”. É a ajuda do Mestre para que eles baixassem a ansiedade na qual estavam vivendo.
Quando o ser humano encaminha a própria santidade adquire como fruto a paz. Mas a paz de Jesus. Uma paz que não acontece pelo imobilismo. Mas um movimento permanente para viver segundo o Evangelho.
É por isso que Jesus, com toda liberdade disse aos apóstolos e diz para nós: “deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize (Jo 14. 27).
Sabemos que a chamada paz do mundo não nasce e aninha no interior das pessoas. Em princípio é superficial, interesseira porque se baseia na sabedoria que vem de Deus. Diferente é a paz vem de Jesus que vem do coração. É fruto das renúncias diante das paixões, muitas vezes vivenciadas e acalentadas pelo mundo. Ela está presente em nós sempre. Estejamos vivendo ou não momentos incômodos de tribulações. É uma luta constante contra o pecado, mas uma luta serena.
E que vive cultivando a paz deixada por Cristo é também missionário da mesma paz. Ela não fica enclausurada em ninguém. Ela se propaga com naturalidade.
Por tudo isto, temos a liberdade de rezar dizendo: “vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor”.