Chegamos com a graça de Deus, a esse domingo que nos prepara para celebrar no próximo final de semana o Domingo de Ramos ou Domingo da Paixão.
A metáfora evocado no texto do Evangelho vem nos mostrar o pensamento forte ao tempo quaresmal que é o da conversão. A mudança de perspectiva na vida é uma dinâmica constante em todas as faces da vida. A busca da comparação com o grão que é colocado na terra, adequada ao seu desenvolvimento, mostra o que deve acontecer conosco. Entrega da vida no seu desenvolvimento, em busca de sua plenitude. O grão que não é colocado na terra permanecerá por sua existência o grão. Aquele, porém, que vai para o solo se entrega à sua vocação. Passa pela aparente morte para se desenvolver e se multiplicar. Serão inúmeros indivíduos, posteriormente.
O ser humano, vocacionado por Deus, é chamado ao seu desenvolvimento direcionado para a plenitude. Motivará muitas pessoas a caminharem também desenvolvendo a si próprias, no caminhar da sua história pessoal.
Jesus esteve na terra, em sua vida pública, por tão pouco tempo e arrastou muitos seres humanos em direção à plenitude de vida. Isto aconteceu pelo fato de ter tido a disposição de si doar totalmente. E não ficou no aspecto de uma doação que terminasse na cruz. Foi muito além. Ao ressuscitar dos mortos tornou-se muito fecundo. Até hoje e até o fim da história, está ele se doando aos seres humanos e incentivando cada um a fazer o mesmo. A dinâmica continua viva.
Que essa liturgia vivida com verdadeira adesão nos prepare para celebrar as riquezas litúrgicas durante a semana santa. E que sua auréola de santidade nos encaminha para sermos como o grão. Aparentemente morrendo para doar vida. E vida em plenitude.