Este o trecho do Evangelho de Jesus Cristo na narrativa do Evangelista Lucas que encerra a
primeira parte de seu escrito. Em seguida virá, de sua autoria, o livro dos Atos dos Apóstolos.
Como encerra o evangelista o livro do Evangelho. Após os fatos ocorridos em Jerusalém da
prisão, julgamento, condenação, crucificação, morte e sepultura de Jesus, os discípulos tomam
uma certa distância do ambiente de Jerusalém que lhes era tão desfavorável naquelas
circunstâncias.
É o caso dos dois discípulos que moravam em Emaús. Retornam para sua vila desapontados.
Conversam sobre o próprio estado de ânimo. Uma certa decepção, mas também algumas
informações da possível ressurreição de Jesus. Estão, portanto, abertos aos acontecimentos
anunciados pelo Mestre. Tanto é assim que aceitam na própria companhia um desconhecido. E
o assunto continua o mesmo. Inclusive se colocam à disposição para escutá-lo. Aquele que lhes
fala das Escrituras e sua aplicabilidade na vida de Jesus. Escutam um tanto atônitos, sem tomar
posição alguma.
A acolhida àquele desconhecido se concretiza no convite à hospedagem. E mais: o levam
para a mesa da refeição. Aquilo que os dois discípulos haviam presenciado, participando, em
Jerusalém, a última ceia, é repetido em sua casa, como núcleo central: a partilha do pão, após
sua fração.
As dúvidas se dissipam. Então eles acolhendo em casa o Mestre Ressuscitado. Como todos
os discípulos de Jesus, de ontem e de hoje, são chamados a serem testemunhas da
Ressurreição, eles retornam a Jerusalém para anunciar a novidade: O Senhor ressuscitou.
Já não mais é novidade para os Apóstolos em Jerusalém. O Ressuscitado aparecera também
a eles. A insegurança tão incômoda se transforma em certeza. As portas do mundo estariam
plenamente abertas para serem todos eles, testemunhas da ressurreição “até os confins do
mundo”.