Na festa da Sagrada Família a Igreja nos propõe o Evangelho, nanarrativa de Lucas mostrando o Menino Jesus com doze anos que não caminhou com a comitiva de Jerusalém para Nazaré. As festividades haviam terminado no Templo e ele não fizera parte nem da caravana feminina, onde estava sua mãe, nem no grupo masculino onde estavaseu pai. Depois de andanças entre os peregrinos restou aos pais retornarem a Jerusalém. Foram três dias de angústia e pesquisa até se darem com ele no Templo entre os doutores da lei.
Dois diálogos são apresentados nesse texto. Um com os mestres em Israel e outro com os pais.
No primeiro Jesus está cercado de anciãos. O que faz? Ouve-os e os interroga. Concluímos que Jesus já teria uma maturidade religiosa e também civil. Já chegara aos doze anos. Assim poderia frequentar o Templo com os adultos. Lá estão sempre de plantão os mestres da religião judaica com seus conhecimentos e prontos para orientar as pessoas que os procurassem.
O outro diálogo tem como centro a afirmação de Jesus: “devo ocupar-me das coisas de meu Pai”. Sem dúvida é uma antecipação do ministério público de Jesus. Por enquanto em potência. É a primeira fala de Jesus no evangelho de Lucas. Ele se refere a Deuscomo seu Pai.
No meio dois diálogos temos a busca angustiante de José e Maria. A busca que durou três dias.
Sem dúvida, podemos ver neste fato um como que prelúdio da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus.
Termina o texto com a informação que retornaram para Nazaré. Ele crescia em estatura, sabedoria e graça. E mais: Maria guardava essa coisa no seu coração.